sábado, 10 de dezembro de 2011

Faixas e Sensações

Ontem, “preso no trânsito de astros imóveis” de Fortaleza, descobri o sentido da vida!*¹ Nas entrelinhas da indecisão, nas alamedas da precisão, nos pequenos detalhes do cotidiano pode-se entender (umas das possíveis coisas) que Gessinger quer dizer com “unir o otimismo da vontade e o pessimismo da razão”. Mas, vamos aos fatos. Lá estava eu a poucos metros de entrar numa avenida a qual necessitava, no entanto, precisava trocar de faixa e havia um ônibus que parecia enfurecido e não me deixaria passar sua frente a tempo!!!*²
Pode ser uma sacada boba, mas, senti o que muitas vezes se vive em momentos da vida. Uma indecisão racional e uma determinação sentimental. Talvez o fascínio que tenho por esse trecho dessa letra dos Engenheiros do Hawaii faça minha imaginação dar esses estalos em alguns momentos. No entanto, precisava escrever algo sobre uma frase com a qual me identifico tanto.
Mudar de faixa no horário de pique é besteira. O sentimento de vontade frente à razão que te desencoraja é que é foda. Acho que todos passam por esses momentos ao menos uma vez na vida, seja pessoalmente, profissionalmente, como for. Não dá pra ficar parado, não dá desconfiar totalmente dos nossos sentimentos, não dá pra deixar de lado nossa razão. Encontrar o ponto de união dessas duas esferas de nossa inteligência é o que faz a diferença.*³  
Eu gostaria de escrever um texto mais longo pra essa retomada. Mas, o que importa? Não quero perder o pique de quem acaba de por pra fora um sentimento. Racionalizar isso seria demais.

Essa é a música:



*¹ Exageros de quem quer retoma este blog com tudo...
*² Exageros de quem compartilha a experiência de um mês PPD...
*³ ¬¬ Agora me senti um certo escritor de auto-ajuda-pseudo-científica que cheguei a ler..

sábado, 22 de outubro de 2011

A revolução não será (tão) conectada. [Esse texto também não será tão aprofundado].

Acho que alguém além de mim também já deve ter ouvido o discurso: “Essas novas gerações são imediatistas! Querem tudo muito rápido".


Bem, minha avó tem 87 anos. Está passando uns dias em minha casa. Adora trabalhar. Não consegue ficar sem fazer nada. Já nós, os representantes da nova geração, passamos horas aqui nessa tal de internet, ficamos tão entediados a ponto de criamos até blogs pra ter com o que perder tempo! 

Ela passa o dia lendo (lê mais do que eu!), assistindo jornal ou novelas, conversando sobre a família, sobre a política, ou seja, curtindo a vida adoidada! Brincadeira... Levando a vida numa boa. Mas, não pode ver sequer ver uma colher suja, uma cama desarrumada, algo fora do lugar, que diz: “Meu filho, ‘faça isso’ ou ‘faça aquilo’, antes que sua mão chegue...”, “Erich, vá logo fazer isso, não ponha tudo nas costas da empregada doméstica...”. E eu não canso de repetir meu discurso simples e nada imediatista: “Já vou, vó”. Será imediatista? Imediatamente empurro com a barriga a mais simples obrigação?! Daí minha vó vai lá e começa a lavar a louça. Sinto-me chantageado. Negocio com ela: “Vó, a mamãe não vai gostar, mas já que a senhora quer mesmo é fazer isso e eu quero mesmo é não ter que fazer, então... você lava e eu enxugo?”

Mas o que é ser “imediatista”? Depende do ponto de vista. (Tá, só escrevi isso pra rimar...)

Relax, baby (ou vovó)... Eu acho que a sua geração, anos 50, coisa e tal (e até uma ou duas décadas atrás) é que era imediatista. Tinha até um presidente que dizia querer fazer crescer o país 50 anos em 5! Pelo menos pareciam querer realmente mudar algo.

Aí depois querem falar de nós, pobres criaturas que passam o dia a vadiar pela longa estrada da internet... Nós que aprendemos a apenas dizer: “Ah, mas todo político é assim...”.

Ok, também não é pra tanto né? Somos ótimos em fazer revoluções sociais (nas redes sociais, claro!). Nossas comunidades (virtuais) estão cheias! Todos confirmam presença (pelo Facebook) nas marchar da vida (Marchas! Serão um sinal de mudança ou pelo menos de alguma preocupação?!)! E todos vão. Ou não.

Não sou nenhum ativista, não tenho grandes causas a defender (ainda), mas, é chato ser “imediatista das causas fúteis”. “Não é que eu faça questão de ser feliz, eu só queria que parassem de morrer de fome a um passo do meu nariz”*. Não desejo julgar o fútil ou não, essa é apenas minha opinião (rimou de novo \o/).

Iiiih, fugindo do assunto, hein? Comecei falando da vovó e acabei... Mas quer saber? Essa é a proposta aqui (se é que há uma proposta). Ser espontâneo e, na medida do possível, sincero como não se pode ser. 
                                                                         ; )


  

* Tercho da letra da música “Nunca se Sabe” dos Engenheiros do Hawaii. Composição Humberto Gessinger.

quarta-feira, 19 de outubro de 2011

Continuando o assunto anterior...

Vídeo do Canal Eu, Ateu.

Links: 
  • Texto do blog CQC News, por Fernanda Rodrigues.
http://cqcnews.wordpress.com/2011/10/11/%E2%80%8Ebrasil-pais-onde-politicos-sao-levados-na-brincadeira-e-comediantes-sao-levados-a-serio-por-fernanda-rodrigues/
  • Texto da Carta Capital, por Cynara Menezes.
http://www.cartacapital.com.br/politica/o-perfeito-imbecil-politicamente-incorreto
  • Texto do blog Óleo do Diabo, por Miguel do Rosário.
http://oleododiabo.blogspot.com/2011/10/em-defesa-de-rafinha-bastos.html


O Circo e o Charuto.

A maior polêmica de todos os tempos das últimas semanas é uma que vem crescendo durante esse ano, diria eu, a níveis assimétricos: Rafinha Bastos e seu politicamente incorreto.

Sim! Quão desnecessárias são algumas de suas piadas não preciso nem frisar. Mas por que diabo se dá tanta atenção a um humorista que dizem ser ruim?

O linchamento dos “politicamente corretos”* sobre Rafinha é uma dádiva para seu humor. Parece-me não entenderem que ele quer mesmo é fazer polêmica. O tipo politicamente incorreto de comédia que ela prega, “o doa a quem doer”, “a arte do insulto”, “o custe o que custar” (que, aliás, é o nome de seu antigo programa, onde ele era exatamente responsável pelos comentários ácidos e por vezes desastrosos) é um ramo do Stand Up Comedy, comédia que ganha cada vez mais espaço em nosso solo.

Chego a pensar: e antes do bullying, como é quer era? Pois cresci acostumado a ouvir piadas preconceituosas contra vários tipos que, hoje, são consideradas vítimas. Mas era bem engraçado. Eu mesmo sempre fui apelidado de “gordim” (até hoje! Deve ser porque ainda sou... rsrs) e, sinceramente, soava como alguém me chamando: “Ei, Erich”.

Não quero de maneira alguma dizer que se sentir ofendido é besteira! Besteira é a justiça levar tão a sério piadas ridículas, a ponto de processar o cara por “incitação ao crime”. A censura mais eficaz parte do público. Simplesmente não riam, mudem de canal, convençam as pessoas de que Rafinha é o demônio do humor atual (como já tentaram me convencer muitas vezes...), mas, mover processo* contra um humorista por ter feito piada ruim! O que faz o sucesso do humorista é o público, e provavelmente o publico de Rafinha também não gostou de algumas de suas piadas. Eu mesmo gosto de seu humor, da irreverência da qual se valeu para responder as recentes polêmicas (procure no google) mas, não gosto de suas piadas toscas e desnecessárias, e nem por isso vou transformá-lo num vilão neonazista e fazer tempestade em copo d’água.

Seu não pedido de desculpas aos ofendidos com suas piadas mostra que ele quer mesmo é ver o circo pegar fogo. Quando vejo seus vídeos, shows ou piadas, não enxergo ali mais que um personagem (o que contraria  as “regras” do Standy Up). Basta observar seu desempenho em outro programa da Band, o excelente A Liga. Onde já vi algumas vezes ele tratar de assuntos abordados com “humor” em seus shows, mas que ali são tratados com uma seriedade jornalística plausível.

E o que é fazer piada? A meu ver, toda piada atinge alguém ou algo, é preconceituosa, distintiva... E faz rir! Umas mais, outras menos, verdade.

Ele é preconceituoso? É! Ele ofende? Ofende! O que será que está achando desse circo em chamas?

“Rafinha Bastos, só em setembro, teve mais de 200 mil novos seguidores no Twitter. Já são mais de 3,4 milhões.”







...
*será que posso chamar essa onda justiceira de modinha?
*não me refiro ao mais recente caso, o de Wanessa Camargo, pois ela tem todo o direito de se sentir agredida, como foi (com certo exagero da mídia e das pessoas), e de processar Rafinham, mas sim da juíza que queria processar o humorista por “incitação ao crime”! Minha filha, o Brasil tem problemas muito mais sérios para tratar! 

domingo, 16 de outubro de 2011

Será agora o início?


Está página já havia sido criada há alguns meses. Porém, eu nunca havia publicado nada. Então, novamente passeando pela boa e nova internet, me surge a necessidade de escrever algo. Talvez seja a imensa quantidade de informação com a qual tenho contato todos os dias. Mas não vou procurar explicação. E precisa explicação? 
Não que não me baste as frutíferas horas de bate papo com o colegas de faculdade, as madrugadas de conversa com os amigos que estão longe, ou mesmo os debates com pessoas que nem conheço, claro, proporcionados pela imensidão de contatos viáveis pela rede...Mas acho que é como uma tentativa de "formalizar" o que penso...
Ah! Olha eu de novo tentando me justificar! (rsrs) 

Melhor começar a publicar...